quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Luxo (é) Eterno

Indumentária I Resenha do texto de Lipovetsky – O luxo Eterno, páginas 13 – 41


Como citado no texto do sociólogo Glles Lipovetsky, a valorização do supérfluo, a aparência, a ostentação da riqueza, existe desde os tempos mais antigos. Analisando o texto podemos perceber uma linha do tempo que vai do período paleolítico aos dias atuais. O luxo realmente existiu nas civilizações do passado, de acordo com estudos históricos e antropológicos, é claro de forma bem diferente do luxo contemporâneo. Uma forma de luxo que existia naquela época e que existe até hoje são o desperdiço de alimentos em festas e nas casas de muitas famílias e o “luxo” de ignorar a “racionalidade” econômica vivendo no dia-a-dia à larga. O que sabemos das sociedades mais primitivas e opulentas é que elas promoviam cerimônias, troca de presentes, dispêndios ostentatórios, culto aos deuses com oferendas, jóias e muita comida, mas o luxo maior destaca-se pela onipotência, como os Faraós o Egito, que edificavam funerais luxuosos como se fossem gozar de todos esses privilégios após sua morte.
Com a instauração do Estado o luxo passou a ser privilégio para poucos. Os nobres viviam em grandes despesas, desperdiço e dissipação de suas riquezas. Para quem teve a oportunidade de assistir ao filme Maria Antonieta, a vida na corte era um “teatro”. Após esta fase os comerciantes e outras classes emergentes começaram a enriquecer, o luxo vive então uma revolução da igualdade moderna. Desde a Renascença os príncipes e reis adquiriram o gosto por obras de arte – o artista passou a ter mais valor e o luxo toma o caminho da cultura. Nos tempos modernos o que importa mesmo é a imortalidade na história, um nome na memória dos homens. O luxo hoje em dia não está “estampado” apenas em bolsas e calçados, mas também em produtos cada vez mais supérfluos como: porta-moedas, chaveiros, miniaturas de perfumes e é tendência até mesmo na industria automobilística. Quase tudo está ligado ao luxo e no que diz respeito a roupa, hoje as pessoas se vestem para se “mostrar”, ostentam riqueza, o consumo passa a ser um estilo de vida.

A imagem é sem dúvida fundamental para todos nós, é a ferramenta de comunicação mais poderosa que temos - de acordo com estudos o impacto pessoal é formado por 60% aparência e comportamento, daí o prazer pelo consumo exacerbado. Assim como em outros séculos em que objetos antigos eram tido como “ objetos de desejo” , nos dias de hoje a retomada do antigo - o vintage, o retro - também está em alta. A humanidade não passou de uma hora pra oura da pobreza da maioria para a riqueza de alguns, o luxo faz parte da moda e assim como ela está em constante evolução. O luxo sempre existiu e continuará existindo. O luxo é eterno!


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