terça-feira, 14 de julho de 2009

Quando o silêncio vale mais que palavras

Silêncio e Palavra

Thiago de Mello
A couraça das palavras
protege o nosso silêncio
e esconde aquilo que somos
Que importa falarmos tanto?
Apenas repetiremos.
Ademais, nem são palavras.

Sons vazios de mensagem,
são como a fria mortalhado cotidiano morto.
Como pássaros cansados.
que não encontraram pouso
certamente tombarão.
Muitos verões se sucedem:

o tempo madura os frutos,

branqueia nossos cabelos.

Mas o homem noturno espera.

a aurora da nossa boca.
Se mãos estranhas romperem
a veste que nos esconde,
acharão uma verdade
em forma não revelável.
(E os homens têm olhos sujos,
não podem ver através.)
Mas um dia chegará
em que a oferenda dos deuses,
dada em forma de silêncio,
em palavra transfaremos.
E se porventura a dermo
sao mundo, tal como a flor
que se oferta - humilde e pura - ,
teremos então cumprido
a missão que é dada ao poeta.
E como são onda e mar,
seremos palavra e homem.






O texto abaixo foi elaborado apartir da proposta de trabalho do professor de Comunicação Oral e escrita do SENAI CETIQT, apartir do poema de Thiago de Mello e com base no seguinte tema: "a palavra e o silêncio".



"Passamos a maior parte do nosso dia falando e quando acaba o assunto ao invés do silêncio eis que surgem as mentiras, as fofocas, palavras jogadas ao vento. Ao fim do dia, no nosso leito de dormir, fazemos uma breve retrospectiva, entre outras tantas coisas, do que foi dito sem pensar e do que não foi dito por pensar demais. Palavras magoam, são como armas, podem ferir. Você no seu silêncio não corre esse risco. Aprendi a me calar com os falantes. Tenha sempre que necessário o silêncio como resposta, neste caso será tido apenas como desprezo. Contudo não venho desmerecer o poder da palavra, pois um simples argumento sólido como um sim ou um não dará finais diferentes ao rumo da prosa. E ainda existe uma outra forma de expressão: a arte, tida como comunicação universal. A arte fala por si só. Uma imagem vale mais quem mil palavras em seu absoluto silêncio. Assim como as cartas que exprimem em silêncio aquilo que não conseguimos falar. Saber falar assim como saber calar é uma arte. Se a palavra é de prata o silêncio é de ouro."

Dayane Elen

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Luxo (é) Eterno

Indumentária I Resenha do texto de Lipovetsky – O luxo Eterno, páginas 13 – 41


Como citado no texto do sociólogo Glles Lipovetsky, a valorização do supérfluo, a aparência, a ostentação da riqueza, existe desde os tempos mais antigos. Analisando o texto podemos perceber uma linha do tempo que vai do período paleolítico aos dias atuais. O luxo realmente existiu nas civilizações do passado, de acordo com estudos históricos e antropológicos, é claro de forma bem diferente do luxo contemporâneo. Uma forma de luxo que existia naquela época e que existe até hoje são o desperdiço de alimentos em festas e nas casas de muitas famílias e o “luxo” de ignorar a “racionalidade” econômica vivendo no dia-a-dia à larga. O que sabemos das sociedades mais primitivas e opulentas é que elas promoviam cerimônias, troca de presentes, dispêndios ostentatórios, culto aos deuses com oferendas, jóias e muita comida, mas o luxo maior destaca-se pela onipotência, como os Faraós o Egito, que edificavam funerais luxuosos como se fossem gozar de todos esses privilégios após sua morte.
Com a instauração do Estado o luxo passou a ser privilégio para poucos. Os nobres viviam em grandes despesas, desperdiço e dissipação de suas riquezas. Para quem teve a oportunidade de assistir ao filme Maria Antonieta, a vida na corte era um “teatro”. Após esta fase os comerciantes e outras classes emergentes começaram a enriquecer, o luxo vive então uma revolução da igualdade moderna. Desde a Renascença os príncipes e reis adquiriram o gosto por obras de arte – o artista passou a ter mais valor e o luxo toma o caminho da cultura. Nos tempos modernos o que importa mesmo é a imortalidade na história, um nome na memória dos homens. O luxo hoje em dia não está “estampado” apenas em bolsas e calçados, mas também em produtos cada vez mais supérfluos como: porta-moedas, chaveiros, miniaturas de perfumes e é tendência até mesmo na industria automobilística. Quase tudo está ligado ao luxo e no que diz respeito a roupa, hoje as pessoas se vestem para se “mostrar”, ostentam riqueza, o consumo passa a ser um estilo de vida.

A imagem é sem dúvida fundamental para todos nós, é a ferramenta de comunicação mais poderosa que temos - de acordo com estudos o impacto pessoal é formado por 60% aparência e comportamento, daí o prazer pelo consumo exacerbado. Assim como em outros séculos em que objetos antigos eram tido como “ objetos de desejo” , nos dias de hoje a retomada do antigo - o vintage, o retro - também está em alta. A humanidade não passou de uma hora pra oura da pobreza da maioria para a riqueza de alguns, o luxo faz parte da moda e assim como ela está em constante evolução. O luxo sempre existiu e continuará existindo. O luxo é eterno!


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